Conheça as principais áreas do desenvolvimento de jogos

A primeira palestra do terceiro dia de Campus Party 2019 foi ministrada pelo programador William Lucena, que falou um pouco sobre as principais competências do desenvolvimento de jogos e deu dicas para quem sonha em seguir carreira na área. Para o jovem potiguar, "diferente do que as pessoas costumam imaginar, dá para fazer jogos sem saber de programação". Veja, a seguir, qual área do desenvolvimento combina com você.

Som

Poucos elementos de um game conseguem provocar tanta imersão quanto os da parte sonora. De acordo com William, "a música é como a alma do jogo" e "se não tiver som, fica bem mais difícil entrar no jogo". Além de trabalhar com a trilha sonora principal, os profissionais que escolhem trabalhar com música também podem se especializar em áreas mais específicas - lidando com os efeitos sonoros ou com a dublagem dos personagens.

Arte

Os artistas são os responsáveis por quase todos os elementos visuais que aparecem na tela. São eles quem fazem personagens, itens, backgrounds, interface e animações. Essa é uma das áreas mais abertas para quem está começando, já que existem várias formas de colocar seu estilo em um jogo. Não interessa se você está investindo na animação de modelos 3D, tem mais facilidade para trabalhar com visuais 2D ou é amante de Pixel Art: existem projetos esperando por sua contribuição.

Programação

Como profissional da área, William acredita que a programação é aquilo que "diferencia um game de um filme". Em outras palavras, essa área cria ferramentas que permitem a interação entre jogador e jogo. Apesar de os métodos mais conhecidos de programação usarem linguagens complexas, também é possível usar Programação Visual. Esse método é mais limitado, mas torna o processo todo bem mais simples. A engine RPG Maker, por exemplo, deixa qualquer pessoa criar jogos inteiros sem precisar escrever linhas de código.

Game Design

É muito comum ver desenvolvedores independentes fazendo todo o trabalho por trás de seus projetos. Foi tentando driblar esse tipo de situação que nasceu o papel do Game Designer, um profissional que gerencia o que é produzido nas demais partes da equipe de desenvolvimento e trabalha para garantir que o jogo vai ser divertido. A ideia é que o GD guie o trabalho do time, pensando, por exemplo, na proposta e nas mecânicas do jogo.

Marketing

Nem toda empresa precisa de um médico, mas toda empresa precisa de um profissional da comunicação. Isso também faz sentido na indústria dos jogos, afinal, os projetos não vão se vender sozinhos. O profissional de Marketing pensa, justamente, em como atrair jogadores para o produto criado pelo time de desenvolvimento. "Não vai adiantar fazer o melhor jogo do mundo se as pessoas não conhecerem ele", resume William.

Narrativa

Existem várias formas de contar uma história nos jogos: através do visual, da música e até da jogabilidade. Por outro lado, não é raro ver jogos que usam muitos recursos de texto para se destacar. No geral, quem cuida dessa parte é o profissional de roteiro. Além de cuidar da trama principal, ele também é responsável por desenvolver a história por trás de itens, personagens, lugares e do universo do jogo como um todo.

Comunidade

Desenvolver um jogo sozinho pode acabar em muita dor de cabeça. Isso acontece porque você dificilmente será um especialista em todas as áreas que citamos. Pensando nisso, o ideal é encontrar outras pessoas que possam te ajudar. Você mora no Rio Grande do Norte? Junte-se a William e vários outros desenvolvedores independentes da comunidade PONG. Ele se reúnem mensalmente e podem te ajudar a fazer jogos mais completos. Clique aqui para acessar o grupo deles no Facebook.