Desenvolvido pela Ubisoft, para aproveitar o lançamento do filme de mesmo título, Rocky Balboa (PSP) chegou ao mercado no início de 2007. O jogo é exclusivo do portátil da Sony e relembra os momentos mais importantes da carreira do Garanhão Italiano. A adaptação também se inspira nos games lançados para PlayStation 2, mas apresenta menos conteúdo que seus antecessores e deixa a desejar na experiência como um todo. Mesmo assim, o título é uma alternativa interessante para quem busca nostalgia sem compromisso.
Um round de cada vez
Um round de cada vez
A adaptação inclui 27 personagens e sua jogabilidade não é tão diferente do que foi visto no títulos de PS2: além de andar e se esquivar, os lutadores podem bater com jabs, diretos e ganchos. Ao acertar socos especiais, os personagens também podem ativar uma habilidade para nocautear seus oponentes. Conforme a pancadaria acontece, as barras de vida e stamina se esvaziam no topo da tela. No caso da segunda, o medidor mostra quantos golpes ainda é possível usar antes de ficar vulnerável e entrar na defensiva.
Apesar de complexo, o sistema do jogo falha miseravelmente quando o assunto é desafio. Por mais que existam três níveis de dificuldade e as telas de loading tentem te ensinar combos ou estratégias inteligentes, usar a esquiva de vez em quando e abusar dos golpes mais fortes torna a maioria das lutas mais curtas que a preparação do seu miojo favorito. A situação fica ainda pior considerando que as partidas deveriam ter até 10 rounds, com duração de 1 minuto para cada etapa.
O mundo não é um arco-íris
Uma das coisas mais frustrantes sobre Rocky Balboa (PSP) é que, mesmo com potencial de sobra, a adaptação possui apenas três modo de jogo. O principal deles se chama Historical Fights e revive os combates mais importantes da saga. Começando pela luta contra Spider Rico, o jogador deve superar os desafios de cada filme para conseguir novos personagens e arenas. O conteúdo desbloqueado fica disponível no menu Exhibition, onde é possível enfrentar a CPU livremente e até mudar as regras das partidas.
O terceiro e último modo de jogo, Fast Lane, reúne uma série de desafios e também serve para desbloquear lutadores extras. Geralmente, o objetivo é nocautear determinado oponente antes do tempo acabar ou se manter de pé até o fim da rodada. Por mais que esse modo aumente a vida útil do game um pouco, as missões genéricas se tornam repetitivas rapidamente e não superam nem as curtas fases do Historical Fights. No fim das contas, é possível jogar o game quase todo com menos de 2 horas.
Nocaute audiovisual
Os polígonos de Rocky Balboa (PSP) não são nada extraordinários para sua geração, mas acabam sendo fundamentais na hora de reviver algumas das lutas mais marcantes do cinema. A boa qualidade da animação dos golpes, e até das expressões faciais, torna os rounds mais vivos e ajuda a compensar a falta de dificuldade ou comandos precisos. Os efeitos sonoros também tem um papel importante pra pancadaria, já que o som dos socos consegue transmitir a intensidade das partidas com clareza.
Por outro lado, alguns detalhes prejudicam o visual de trechos importantes do jogo. Durante as partidas, por exemplo, as pessoas da platéia tem poucos frames de animação e apresentam resolução muito inferior ao que está dentro do ringue. Um problema parecido acontece na seleção de personagens do modo Exhibition, já que os retratos dos lutadores ficam pequenos demais para a tela do PSP e as figuras maiores poderiam ter sido substituídas por imagens dos atores reais.
Na boca do estômago
Rocky Balboa (PSP) se inspira nos clássicos de Sylvester Stallone e pega carona no lançamento do sexto filme da saga, mas acaba deixando a desejar por ter pouquíssimo conteúdo. A adaptação é uma experiência interessante para os fãs que desejam relembrar os filmes na telinha de um portátil, porém, é tranquilamente superada pelos jogos da franquia no PlayStation 2. O jogo só não vale a pena mesmo para quem busca uma experiência sólida, já que o sistema é totalmente desbalanceado e não oferece grandes desafios.
Análise: Rocky Balboa (PSP) tenta reviver as lutas do cinema
Reviewed by Clercio Rodrigues
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17:50:00
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