Uma jornada no espaço


Desde tempos remotos o ser humano olha através da escuridão do universo e tenta imaginar o que deve ter por lá, e acaba retratando esse sentimento através de livros, peças teatrais, filmes, e claro, games. Logo após a inserção cultural do áudio-visual na representação das imaginações de vivencia humana no universo com Star Wars, houve uma guinada nas produções de jogos com tema espacial sci-fi. No entanto, essas iniciativas eram limitadas pela capacidade de programação e hardwares rústicos na época, diminuindo e muito a sensação de "imersão" e coisas que você podia fazer na vastidão do que deveria ser o universo. Felizmente, os anos passaram, e chegamos em um momento em que é possível sim retratar a nossa paixão de ser um explorador espacial sem ter que ser um astronauta, ou esperar um futuro distante onde atravessar dezenas de anos luz seja possível. O KOMBO+ escolheu abordar rápidamente 3 títulos que (ao menos tentaram e tentam) trazer um universo infinito em que você sempre terá para onde ir.

Elite Dangerous



Com um beta iniciado em 2013 via financiamento do projeto pelo kickstarter, e oficialmente lançado no final de 2014 para Windows, e no decorrer de 2015 para Xbox One, Mac e PS4, o game Elite Dangerous da desenvolvedora Frontier Developments é um dos melhores jogos que retratam um universo não somente vasto, mas completamente vivo, possuindo todo um sistema político (3 grandes facções, e dezenas e dezenas de micro facções onde vivem em constantes tensões entre si), sistema econômico (mercados intergaláticos com centenas de produtos com flutuações de preços de maneira bem realista) e sistema de combate e ação de arrepiar (varias e varias combinações de armamentos com manobras muito bem executadas em imensas áreas de conflito com capacidade para centenas de naves espaciais e artilharias). Elite tenta focar de maneira mais especifica a retratação da Via láctea, com uma escala impressionante de 1:1 (são 400 bilhões de sistemas totalmente exploráveis pelo jogador e mais de 150 mil anos para  ir de um em um) que utilizou dados cartográficos da NASA, da NSA e da agência espacial Russa. 



Do campo de vista técnico de um jogo, Elite possui gráficos muito bonitos - e bem otimizados, rodando com 60 frames na maioria dos computadores de entrada - e jogabilidade baseada em simulação (são diversos controles para manobragem da nave e para controle de módulos, praticamente um sistema operacional completamente gerenciável). Você pode ser um explorador e vender tudo que encontrar ao sistema cartográfico do game, um caçador de recompensas que abate foras-da-lei, um trader que trabalha com compra e venda de materiais comerciais, fazer serviço de turismo espacial, e por fim, o que eu resolvi escolher jogando: Elite, um temível pirata espacial! 

Um recurso que está presente no game mas requer o pagamento de um passe de expansão, é a capacidade de pousar e explorar os planetas em solo. Resumidamente, para quem pode gastar tempo estudando e aprendendo sobre o jogo, Elite Dangerous é atualmente a melhor pedida espacial.

No Man's Sky




Esse é um tanto conhecido, pois foi um hype bem amado (antes de lançar) e odiado (depois de lançar). Desenvolvido pelo estúdio Hello Games, No Man's Sky tinha como premissa um universo praticamente infinito (trilhões e trilhões de sistemas) com a possibilidade de ir em cada um deles catalogar fauna, flora, e condições climáticas do planeta, tudo isso gerado de maneira procedural, garantindo assim que você nunca veja algo repetido.



Do ponto de vista técnico, você tem uma progressão estilo RPG, aumentando os status do seu traje e arma, além de poder trocar de nave espacial, algo bem parecido com o que se encontra no Elite Dangerous. A diferença aqui, é que No Man's Sky é um tanto arcade, possui gráficos meio cartoons, e uma atmosfera com npcs mais "cômicos" e menos sérios. Toda essa premissa do game deveria render um jogo ótimo, não é mesmo? Mas não foi bem assim. Gráficos com problemas de execução, uma renderização pesada demais até para placas de vídeo de alto nível, e um problema na geração procedural que entregava algo bem abaixo da expectativa dos trailers acabou destruindo completamente o jogo logo nos primeiros dias. Novos patchs foram lançandos, mas nada conseguiu trazer nem ao menos 10% da glória prometida do game. 

Star Citizen




Este é um projeto muito, mas muito ambicioso da Cloud Imperium Games, que iniciou a angariação de fundos através do Kickstarter em 2011, e prometeu entregar muito mais conteúdo do que No Man's Sky e Elite Dangerous. Atualmente Star Citizen continua em desenvolvimento, sem nenhuma previsão de finalização do projeto, mas com a possibilidade de adquirir uma nave espacial através do site do game, e dar "algumas voltas" nos locais já construídos, combatendo outros jogadores em algumas arenas.



Do ponto de vista técnico, Star Citizen terá, como já citado, uma fusão dos outros 2 games espaciais da matéria, ainda mais elaborado e trazendo uma sensação real de um "mega mmo espacial" - o que já justifica a demora na conclusão do projeto. No desenvolvimento está sendo utilizada uma versão modificada da Cryengine que possibilita uma imersão audio-visual gigante, além de um conjunto de módulos de inteligencia artificial produzidos pela Moon Collider, chamado Kythera, que permitirá uma interação com NPCs jamais vista.

Essas são somente algumas opções da imensa gama de jogos de exploração espacial. Você pode encontrar muito mais na plataforma digital da Valve, a Steam, ou em sites proprietários de projetos independentes. Conheça os 3 títulos desta matéria:

Uma jornada no espaço Uma jornada no espaço Reviewed by Vinicius Maciel on 21:29:00 Rating: 5

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